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06/05/2025 -
Centrais Sindicais se unem em ato contra juros altos
Nesta terça-feira (06), as principais centrais
sindicais — Nova Central Sindical de Trabalhadores
(NCST), Força Sindical, Central Única dos
Trabalhadores (CUT), Central dos Trabalhadores e
Trabalhadoras do Brasil (CTB), União Geral dos
Trabalhadores (UGT), Central dos Sindicatos
Brasileiros (CSB) e Intersindical — vão promover
manifestações em diversas capitais brasileiras para
protestar contra a política de juros altos adotada
pelo Banco Central.
Em São Paulo, o ato principal ocorreu em frente à
sede do Banco Central, na Avenida Paulista, reunindo
centenas de trabalhadores e lideranças sindicais. O
protesto, intitulado "Ato contra a alta dos Juros",
tem como objetivo pressionar o Comitê de Política
Monetária (Copom), para deliberar sobre a taxa
Selic, então fixada em 14,25% ao ano.
Os sindicalistas argumentam que a manutenção de
juros elevados prejudica o crescimento econômico,
encarece o crédito, reduz o consumo e afeta
diretamente a geração de empregos. Segundo eles, a
política monetária atual favorece o rentismo e
penaliza a produção e os trabalhadores.
Fonte: NCST

06/05/2025 -
Oito anos após reforma, Brasil tem mais de 32
milhões de informais
Em 2017, reforma trabalhista abriu a porteira
para a precarização e o corte de direitos; luta por
trabalho decente segue entre as prioridades do
movimento sindical
Um dos pontos que compõem a pauta da classe
trabalhadora deste ano — entregue pelas centrais
sindicais ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva no
dia 29 — é a luta para ampliar as políticas de
geração de trabalho decente, um dos maiores desafios
do mundo moderno, que tem passado por um forte e
contínuo processo de precarização.
O documento entregue pela representação dos
trabalhadores defende a necessidade de enfrentar o
desemprego, o subemprego, o trabalho intermitente e
os impactos da automação e da inteligência
artificial.
Presente à entrega da pauta, Adilson Araújo,
presidente da Central dos Trabalhadores e
Trabalhadoras do Brasil (CTB), destacou: “Razão de
ser do movimento sindical, a valorização do trabalho
deve ser compreendida como uma fonte de
desenvolvimento nacional, como por sinal sugere a
Constituição Brasileira, que consagrou este objetivo
subjacente à luta de classes moderna como um dos
fundamentos da nossa República”, afirmou.
Nesse sentido, a luta pela valorização do trabalho e
por direitos também está ligada à busca por garantir
melhores condições aos informais e autônomos. De
acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), atualmente existem cerca de 32,5
milhões de pessoas atuando como autônomas de modo
informal (ou seja, sem CNPJ) ou empregadas sem
carteira assinada no setor privado.
Esses números, referentes ao primeiro trimestre
deste ano, não consideram os 4,3 milhões de
trabalhadores domésticos sem carteira assinada, os
2,8 milhões de trabalhadores do setor público sem
carteira nem os 816 mil empregadores sem CNPJ.
Na comparação com o primeiro trimestre do ano
passado, observam-se aumentos tanto no número
absoluto de autônomos informais e trabalhadores de
setor privado sem carteira (32,3 milhões) quanto na
sua proporção em relação ao total da população
ocupada (31,5%).
Ainda segundo esses dados, em cinco anos, o
contingente de trabalhadores nessas situações
cresceu quase 10%, já que, no primeiro trimestre de
2020, eles somavam 29,7 milhões.
Tal cenário reflete tanto processos que vêm
ocorrendo no capitalismo global como, no caso do
Brasil, a piora resultante da reforma trabalhista de
2017. E o movimento sindical tem lutado para, ao
menos, garantir direitos básicos a esses segmentos.
Nesse universo, um dos grupos que mais cresceram foi
o dos trabalhadores por plataforma, como
entregadores e motoristas, por exemplo. Embora a
pauta reconheça que houve esforços por parte do
governo para a regulação e proteção de parte desse
segmento, também aponta a necessidade de seguir
nesse caminho com a aprovação do PLC 12/24, que
regulamenta os direitos trabalhistas,
previdenciários e sindicais dos trabalhadores de
aplicativos de transporte.
“A plataformização do trabalho representou
claramente uma precarização do trabalho. Comparando
a ocupação de motoristas e entregadores antes e
depois da introdução das plataformas, você percebe
justamente uma menor renda, mais horas trabalhadas e
menor contribuição previdenciária, ou seja, essas
ocupações eram menos precárias antes da introdução
dessas plataformas de aplicativos”, disse, à Agência
Brasil, o técnico de planejamento e pesquisa do
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea)
Sandro Sacchet de Carvalho.
Outra categoria que cresceu especialmente com a
reforma trabalhista foi a dos autônomos com CNPJ, os
pejotizados, que engloba desde profissionais
liberais até trabalhadores fixos de empresas que
fazem esse tipo de contratação por ser mais barata
do que os custos de um trabalhador CLT.
“A maioria dessa ‘pejotização’ representa uma perda
de direitos associada à carteira de trabalho. Então
ela gera um crescimento forte da insegurança do
trabalhador no emprego. A pessoa pode ser demitida
de forma mais fácil, sem direito às verbas
indenizatórias, sem direito ao acesso ao
seguro-desemprego. E fica mais difícil dizer quem é
o responsável em caso de risco de acidente, porque
você está tratando uma contratação de serviço. E
isso não consegue ser compensado por um maior
salário”, ressalta o pesquisador do Ipea.
Com Agência Brasil
Fonte: Portal Vermelho

06/05/2025 -
Estudo aponta que Brasil já está preparado para
redução da jornada de trabalho
Pesquisa da Unicamp e Cesit destaca impactos da
escala 6x1 na saúde mental. Em 2024, foram
registrados 470 mil afastamentos por saúde mental, o
maior número em dez anos
O Brasil está preparado para reduzir a jornada de
trabalho para 36 horas semanais, com adoção da
escala 4×3 (quatro dias trabalhados e três de
descanso). É o que revela estudo publicado pelo
centro de pesquisa Transforma, da Universidade de
Campinas (Unicamp), em parceria com o Centro de
Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho (Cesit).
A pesquisa combina dados socioeconômicos e
entrevistas com lideranças sindicais. O documento
afirma que a mudança traria avanços na qualidade de
vida, redução da desigualdade de gênero e
crescimento econômico.
“A diminuição da jornada sem redução salarial é um
passo fundamental contra a exploração da classe
trabalhadora”, diz o estudo. “É uma pauta histórica
da luta popular e sindical pela dignidade no
trabalho.”
Estudo aponta carga excessiva e desigualdade de
gênero
Os dados revelam um cenário de sobrecarga. Em 2024,
foram registrados 470 mil afastamentos por saúde
mental, o maior número em dez anos. O total
representa aumento de 68% em relação a 2023.
A jornada 6×1 está associada a altos níveis de
insatisfação e rotatividade, especialmente nos
setores de comércio e telemarketing. Cerca de 20,88
milhões de brasileiros — 20% da população ocupada —
trabalham além do limite legal de 44 horas semanais.
Homens negros representam 36,7% desse grupo.
Mulheres acumulam, em média, 11 horas de trabalho
diário entre funções remuneradas e tarefas
domésticas. A redução da jornada poderia equilibrar
essa carga e ampliar a inclusão feminina no mercado
formal.
Setores mais afetados e rotatividade alta
Os piores indicadores estão nos setores de transporte,
comércio, telemarketing, alojamento e alimentação.
Nestes últimos, 30% dos trabalhadores estão em
sobrejornada.
No telemarketing, 72% dos profissionais são
mulheres. Elas enfrentam metas abusivas e uma taxa
de rotatividade de 55,7%.
A economista Marilane Teixeira, coautora do estudo,
destaca: “Essa medida pode gerar novos postos de
trabalho e reduzir o desemprego e a informalidade.”
Proposta tramita no Congresso
A PEC das 36 horas foi protocolada, em fevereiro de
2025, pela deputada Érika Hilton (PSOL-SP). A
proposta altera a Constituição para limitar a
jornada a 8 horas diárias e 36 semanais. A
implementação será gradual, em até um ano.
A medida pode beneficiar diretamente 38,4 milhões de
trabalhadores formais, cerca de 37% da força ativa.
Haveria também impacto indireto sobre o setor
informal.
“A jornada reduzida tem respaldo internacional e
promove saúde ocupacional, geração de empregos e
estabilidade”, afirma o relatório.
Produtividade e bem-estar podem caminhar juntos
O estudo, assinado por Marilane Teixeira, Clara Saliba,
Carolina Lima e Lilia Bombo, afirma que a redução da
jornada “não é apenas viável, mas essencial”.
Empresas que adotaram modelos mais curtos mantiveram
a produtividade e melhoraram o bem-estar dos
funcionários.
“O mundo já debate isso, e o Brasil não pode ficar
para trás”, conclui Saliba, coordenadora do
Transforma-Unicamp.
Leia a
íntegra do estudo.
Fonte: Extra Classe

06/05/2025 -
Fraude no INSS: devolução de descontos ilegais pode
começar nos próximos dias
Proposta deve prever cronograma de pagamentos,
canal para segurados e contestações sem
intermediários
O governo federal promete apresentar nesta semana um
plano de devolução dos valores descontados
ilegalmente dos benefícios de aposentados e
pensionistas do INSS. A medida é uma resposta à
operação da Polícia Federal que revelou fraudes
bilionárias envolvendo entidades associativas e
descontos sem autorização dos beneficiários.
A proposta, segundo o governo, incluirá um
calendário de pagamento, um sistema para contestação
das autorizações e a criação de um canal direto para
formalização de pedidos, sem a necessidade de
advogados ou intermediários.
A Controladoria-Geral da União estima que os
prejuízos com os descontos indevidos possam chegar a
R$ 6,3 bilhões. A expectativa do Executivo é
realizar a devolução aos segurados e,
posteriormente, cobrar os valores das entidades
envolvidas nas irregularidades.
As investigações apontam que os recursos recebidos
do INSS eram repassados a empresas ligadas a
laranjas. A perícia é conduzida pela Polícia Federal
e os delegados à frente do caso afirmam que as
associações foram montadas com documentos
adulterados.
No Congresso, a oposição tenta emplacar uma Comissão
Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o
caso. A substituição do ministro da Previdência,
Carlos Lupi, por Wolney Queiroz, ainda não diminuiu
a crise. Queiroz era o número dois da pasta e
participou da reunião de junho de 2023 do Conselho
Nacional da Previdência Social em que o então
ministro foi alertado sobre os indícios de fraude.
Fonte: InfoMoney

06/05/2025 -
Saiba quem é Wolney Queiroz, novo ministro da
Previdência
Novo titular da pasta substitui Carlos Lupi, que
caiu após escândalo bilionário de fraudes no INSS.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou
nesta sexta-feira (2) a nomeação de Wolney Queiroz
como novo ministro da Previdência Social. Ele
substitui Carlos Lupi, que pediu demissão após uma
investigação da Controladoria-Geral da União (CGU) e
e da Polícia Federal (PF) desmontar um esquema
bilionário de fraudes no Instituto Nacional do
Seguro Social (INSS), que é vinculado à pasta.
Atual secretário-executivo do ministério - na
prática, o nº 2 da pasta -, Queiroz já vinha atuando
em decisões estratégicas. O novo ministro esteve ao
lado de Lupi na gestão da Previdência desde o início
do atual governo e participou de reuniões nas quais
foram relatadas as fraudes, ainda em 2023. É filiado
ao PDT, partido presidido por Carlos Lupi.
Trajetória política
Natural de Caruaru (PE), Wolney Queiroz Maciel nasceu
em 12 de dezembro de 1972 e ingressou na política
ainda jovem, aos 19 anos, quando se filiou ao PDT.
No ano seguinte, elegeu-se vereador em sua cidade
natal. Já em 1994, foi eleito deputado federal,
cargo que exerceu por seis mandatos consecutivos.
Durante sua trajetória parlamentar, Queiroz ocupou
postos de liderança na bancada do PDT, como a
vice-liderança do partido na Câmara e, mais
recentemente, a liderança da oposição ao governo
Jair Bolsonaro em 2022. Naquele ano, porém, não
conseguiu se reeleger para o Congresso Nacional.
Atualmente, além de ministro, preside o PDT em
Pernambuco.
Crise no INSS e saída de Lupi
A troca no comando do Ministério da Previdência ocorre
durante a crise provocada pela revelação de um
esquema de fraudes em benefícios pagos pelo INSS.
Segundo investigações da Polícia Federal e da
Controladoria-Geral da União, associações
cadastravam beneficiários sem autorização,
utilizando assinaturas falsas para descontar
mensalidades dos valores pagos a aposentados e
pensionistas.
O prejuízo estimado com a fraude pode chegar a R$
6,3 bilhões, com vítimas identificadas desde 2019.
Parte do esquema teria se mantido até 2024, já no
atual governo. A revelação das irregularidades levou
ao afastamento e posterior demissão do então
presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, e de
outros cinco servidores. Seis pessoas ligadas a uma
associação de Sergipe foram presas.
Fonte: Congresso em Foco

05/05/2025 -
Lula cita fim da escala 6x1 e fraude no INSS em
discurso do 1º de Maio
Presidente diz que vai "aprofundar o debate"
sobre redução da jornada e menciona desmonte do
esquema na Previdência como conquista do seu
governo.
O presidente Lula deu destaque ao debate sobre o fim
da escala de trabalho 6x1 em seu tradicional
pronunciamento anual na TV e no rádio sobre o Dia do
Trabalho. Em vídeo transmitido em rede nacional na
noite desta quarta-feira (30), véspera do feriado, o
presidente colocou o debate sobre o assunto com uma
de "duas medidas muito importantes" de seu governo,
ao lado da reforma do imposto de renda que foi
enviada ao Congresso.
"Nós vamos aprofundar o debate sobre a redução da
jornada de trabalho de gente no país em que o
trabalhador e a trabalhadora passam seis dias no
serviço e têm apenas um dia de descanso, a chamada
jornada 6x1", anunciou Lula. "Está na hora do Brasil
dar esse passo, ouvindo todos os setores da
sociedade, para permitir um equilíbrio entre a vida
profissional e o bem-estar de trabalhadores e
trabalhadoras".
O debate sobre o fim da escala 6x1 ganhou tração a
partir da deputada Érika Hilton (Psol-SP), que
protocolou uma proposta de emenda à Constituição (PEC)
sobre o assunto que, se aprovada, acabaria com esse
tipo de trabalho. O pronunciamento de Lula indica
que o governo se propõe a dar um apoio mais firme à
aprovação do projeto. De acordo com o presidente da
Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), o debate sobre
o assunto deve avançar nos próximos dias.
No pronunciamento, Lula listou uma série de medidas
e marcos de sua terceira gestão na Presidência da
República, como o crescimento anual do PIB acima de
3%, o retorno do país ao ranking das 10 maiores
economias do mundo e programas como o Acredita e o
Contrata+. O presidente citou ainda, como conquista
de seu governo, o desmonte do esquema de fraudes no
INSS que resultou na queda do presidente do
instituto, Alessandro Stefanutto: "Na última semana,
o nosso governo, por meio da Controladoria-Geral da
União e da Polícia Federal, desmontou um esquema
criminoso de cobrança indevida contra aposentados e
pensionistas que vinha operando desde 2019".
O esquema de desvios na Previdência Social vem sendo
citado por parlamentares de oposição para criticar o
governo petista. A operação ilegal começou em 2019,
mas os desvios chegaram a R$ 2,8 bilhões, seu
patamar mais alto, em 2024, com Lula presidente. Na
última quarta-feira, foi protocolado na Câmara um
requerimento do deputado Coronel Chrisóstomo (PL-RO)
para abrir uma Comissão Parlamentar de Inquérito
(CPI) que investigue os desvios.
Fonte: Congresso em Foco

05/05/2025 -
Redução da jornada de trabalho será debatida na CDH
A Comissão de Direitos Humanos (CDH) fará audiência
pública nesta segunda-feira (5), a partir das 9h,
como parte do ciclo de debates sobre o novo Estatuto
do Trabalho (SUG 12/2018). O encontro terá como foco
principal a redução da jornada de trabalho no
Brasil. O colegiado pretende aprofundar a discussão
sobre as mudanças nas relações trabalhistas, novas
tecnologias e os impactos da inteligência artificial
no mundo do trabalho.
O requerimento para o debate (REQ 20/2025) é do
senador Paulo Paim (PT-RS), relator da SUG 12/2018.
Ele é o autor da proposta de criação da Subcomissão
Temporária do Estatuto do Trabalho (CDHET),
instituída na CDH em 2016.
A SUG 12/2018 é resultado dos debates promovidos
pela subcomissão entre 2016 e 2018 e foi apresentada
por quatro entidades ligadas à Justiça do Trabalho e
à fiscalização das relações trabalhistas: a
Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do
Trabalho (Anamatra), a Associação Latino-Americana
de Juízes do Trabalho (ALJT), a Associação Nacional
dos Procuradores do Trabalho (ANPT) e o Sindicato
Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait).
As entidades propuseram a criação de um novo
Estatuto do Trabalho com o objetivo de regulamentar
os direitos sociais previstos na Constituição e
atualizar a legislação trabalhista diante das
transformações no mundo do trabalho.
No Senado, a sugestão legislativa é uma forma de
participação popular que permite a qualquer cidadão
ou entidade apresentar propostas de leis. Caso uma
ideia receba mais de 20 mil apoios no portal
e-Cidadania, ela é encaminhada à CDH, que pode
transformá-la em sugestão legislativa para
tramitação como projeto.
Participantes com presença confirmada:
- Luciana Paula Conforti – Juíza do Trabalho e
presidente da ANAMATRA
- Shakti Prates Borela – Assessora técnica da
Secretaria de Relações do Trabalho do Ministério do
Trabalho e Emprego
- Ana Virgínia Moreira – Diretora regional da OIT para
América Latina e Caribe
- Edmilson Santos dos Santos – Coordenador-geral de
Direitos Humanos e Empresas do MDHC
- Adriana Marcolino – Diretora técnica do DIEESE
- Luiz de Souza Arraes – Coordenador nacional do Fórum
Sindical dos Trabalhadores (FST), diretor-secretário
da CNTC e presidente da FEPOSPETRO
- Cirlene Luiza Zimmermann – Procuradora do Trabalho e
coordenadora nacional de Defesa do Meio Ambiente do
Trabalho e da Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora
do MPT
- Ubiraci Dantas de Oliveira – Vice-presidente
nacional da CTB – participação por videoconferência
Como participar
O evento será interativo: os cidadãos podem enviar
perguntas e comentários pelo telefone da Ouvidoria
do Senado (0800 061 2211) ou pelo Portal
e‑Cidadania, que podem ser lidos e respondidos
pelos senadores e debatedores ao vivo. O Senado
oferece uma declaração de participação, que pode ser
usada como hora de atividade complementar em curso
universitário, por exemplo. O Portal
e‑Cidadania também recebe a opinião dos cidadãos
sobre os projetos em tramitação no Senado, além de
sugestões para novas leis.
Fonte: Agência Senado

05/05/2025 -
Mais de 4 milhões de pessoas foram vítimas das
fraudes no INSS, estima instituto
Os beneficiários têm contratos associativos
ativos com as 11 entidades investigadas pelo esquema
ilegal
O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) estimou
que cerca de 4,1 milhões de beneficiários podem ter
sido prejudicados por descontos não autorizados em
aposentadorias e pensões. Os desvios chegam a R$ 6,3
bilhões, de acordo com as investigações da Polícia
Federal.
Os mais de 4 milhões representam os usuários que têm
contratos associativos ativos com as 11 entidades
investigadas por fraudes. Conforme a
Controladoria-Geral da União (CGU), 97,6% dos
beneficiários ouvidos não autorizaram os descontos
mensais que foram aplicados diretamente no
contracheque.
O novo presidente do INSS, Gilberto Waller Júnior, e
o Advogado-Geral da União, Jorge Messias, ainda
anunciarão como será feito o ressarcimento às
vítimas do esquema.
O desconto na folha de pagamentos do INSS em favor
de entidades é previsto em lei desde 1991. A
mensalidade pode ser cobrada somente com autorização
dos segurados. Caso concordem com o desconto, eles
podem ter acesso a benefícios como auxílio
funerário, assistência odontológica e psicológica,
consultoria jurídica e academia.
Fonte: Brasil247

05/05/2025 -
Desconhecimento de direitos básicos é desafio para
trabalhadores
Benefícios garantidos em negociação coletiva são
pouco conhecidos
O desconhecimento dos direitos trabalhistas,
previstos na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT),
ainda segue como um desafio para os trabalhadores.
Pagamento correto de horas extras, os bancos de
horas e normas de proteção à saúde e à segurança de
quem trabalha, por exemplo, são alguns dos aspectos
que geram dúvidas entre eles.
Muitos direitos que formam a base trabalhista
continuam desconhecidos pela população em geral. “Há
toda uma geração que não sabe o que é 13º salário; o
que são férias e direito a pausas no trabalho”,
afirmou o advogado José Eymar Loguercio,
especializado em direito trabalhista e assessor
jurídico de entidades sindicais.
Loguercio acrescenta que o desconhecimento se
estende a outros temas, como reajustes salariais,
auxílio ou tíquete alimentação, planos de saúde ou
auxílio-doença.
“Os sindicatos têm que furar a bolha da
representação, buscar conversar e se aproximar das
pessoas que estão em atividade, ou querendo entrar
em uma atividade e não sabem sequer que são
portadoras de direitos e que merecem respeito.”
No entanto, o advogado afirma que há dificuldades em
“furar a bolha” diante do novo cenário das empresas
e do mundo do trabalho como um todo.
“Os sindicatos se constituíram para organizar
solidariedade em ambientes produtivos muito
estruturados e hierarquizados, como eram as fábricas
de antigamente ou os escritórios de negócios. Essa
fábrica está cada vez menos estruturada e o trabalho
cada vez mais realizado em tentáculos e por variadas
formas”, disse.
O advogado Antonio Megale, assessor jurídico da
Central Única dos Trabalhadores (CUT) e sócio da LBS
Advogadas e Advogados, ressaltou outro ponto.
“O que me chama muito a atenção, além do
desconhecimento dos direitos garantidos em
legislação, é o desconhecimento dos trabalhadores
dos direitos garantidos em negociação coletiva, em
acordo ou convenção coletiva de trabalho, assinado
entre empresas e sindicatos.”
Os direitos menos conhecidos, segundo Megale, seriam
aqueles ligados aos acidentes de trabalho. “Em caso
de acidente na empresa, por exemplo, o próprio
empregado pode emitir a Comunicação de Acidente de
Trabalho (CAT). A responsabilidade é da empresa, mas
ele pode fazê-lo, ou o sindicato, no
site
ou aplicativo Meu INSS”, segundo o advogado.
Direitos
Para saber quais os principais direitos trabalhistas,
o
espaço do trabalhador no Ministério do Trabalho
traz uma lista com explicações sobre cada um deles.
Nele, o trabalhador conta com informações sobre o
registro na carteira profissional (CTPS), pagamento
de salário, férias, 13º salário, férias,
vale-transporte, horas extras, entre outros.
Fonte: Agência Brasil

05/05/2025 -
Novo Caged: País gera mais de 654 mil novos postos
de trabalho no acumulado do ano
Dados de março mostram crescimento significativo
no setor de serviços e indústria no ano, com
destaque para São Paulo e Minas Gerais, e saldo
positivo de 71.576 vagas no mercado de trabalho no
mês
Os dados do Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados (Novo Caged) de março, divulgados
nesta quarta-feira (30) pelo ministro do Trabalho e
Emprego, Luiz Marinho, em coletiva à imprensa
demostram que o Brasil criou 654.503 postos de
trabalho com carteira assinada no acumulado de
janeiro a março deste ano. Somente em março, foram
71.576 novas vagas, fazendo com que o número de
empregos com carteira assinada no país chegasse a
47.857 vínculos.
O crescimento foi verificado em quatro dos cinco
principais setores da economia. O setor de Serviços
foi o que mais gerou empregos, com 362.866 postos
criados. A Indústria também teve bom desempenho,
criando 153.868 vagas, especialmente em áreas como
Abate e Fabricação de Produtos de Carne (+14.517),
Abate de Aves (+6.505), Processamento de Fumo
(+10.835) e Confecção de Artigos de Vestuário
(+9.539). O setor da Construção Civil também gerou
100.371 novos empregos.
No nível regional, São Paulo se destacou com a
criação de 209.656 postos de trabalho (+1,46%),
seguido por Minas Gerais, com 75.896 novas vagas
(+1,55%), e Rio Grande do Sul, com 66.490 postos
criados (+2,35%).
Emprego em Março
Em março, o Brasil registrou um saldo positivo de
71.576 novos postos de trabalho, com 2.234.662
admissões e 2.163.086 desligamentos no mês. Deste
total, 48.922 vagas foram preenchidas por mulheres e
22.654 por homens. O setor de Serviços foi o que
mais gerou empregos no mês, com 52.459 postos,
seguido pela Construção Civil (21.946 postos) e pela
Indústria (13.131 postos).
O saldo positivo de março foi registrado em quatro
das cinco regiões do Brasil, com destaque para São
Paulo (+34.864), Minas Gerais (+18.169) e Santa
Catarina (+9.841). Se computado os últimos 12 meses
(de abril de 2024 a março de 2025), o Brasil gerou
1.613.752 empregos, mostrando uma recuperação
contínua no mercado de trabalho. Desde de 2003,
foram geradas mais de 3.7 milhões de vagas de
trabalho com carteira assinada na economia. Números
demonstram que o Brasil está avançando na geração de
empregos formais, com crescimento em diferentes
setores e regiões do país.
As informações completas podem ser acessadas na
página do
Programa de Disseminação das Estatísticas do
Trabalho (PDET)
Fonte: MTE

05/05/2025 -
Associações defendem Justiça do Trabalho e criticam
suspensão de casos sobre pejotização
A Associação Nacional das Magistradas e dos
Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), a
Associação Nacional dos Procuradores e das
Procuradoras do Trabalho (ANPT) e a Associação
Brasileira da Advocacia Trabalhista (Abrat)
divulgaram, nesta quinta-feira (1º/5), um manifesto
em que defendem a competência da Justiça do Trabalho
para analisar casos sobre pejotização e criticam a
suspensão da tramitação de processos trabalhistas
sobre o tema.
No último mês, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo
Tribunal Federal, determinou a suspensão nacional de
todos os processos que tratam da licitude da
contratação de trabalhador autônomo ou pessoa
jurídica para a prestação de serviços.
Ele afirmou que a controvérsia sobre tais contratos
tem sobrecarregado o STF, que vem recebendo um
número elevado de reclamações contra decisões da
Justiça do Trabalho contrárias à pejotização.
Competência constitucional
As associações argumentam que a Emenda Constitucional
45/2004 previu a competência da Justiça do Trabalho
para julgar todas as ações decorrentes de relações
de trabalho privadas, e não apenas sobre vínculos
formais de emprego, com carteira assinada.
De acordo com Anamatra, ANPT e Abrat, isso não
significa que a Justiça do Trabalho necessariamente
vai reconhecer vínculo de emprego em casos de
pejotização.
Mas as entidades defendem que essa prática não pode
ser permitida com base apenas em um contrato formal,
sem uma análise sobre a realidade da prestação de
serviços. Para elas, a falta de uma análise do tipo
pode precarizar as relações de trabalho e afastar
direitos como férias, 13º salário, FGTS, jornada
limitada etc.
Por isso, as associações consideram que a suspensão
dos processos sobre pejotização “ameaça a
efetividade dos direitos trabalhistas” e atinge os
trabalhadores mais vulneráveis.
O manifesto será reiterado em um ato público que
será promovido pelas entidades na próxima
quarta-feira (7/5), no Foro Trabalhista de Brasília.
Com informações da assessoria de imprensa da
Anamatra.
Clique
aqui para ler o manifesto
Fonte: Consultor Jurídico

01/05/2025 -
Centrais entregam pauta da classe trabalhadora a
Lula
O presidente da Nova Central Sindical de
Trabalhadores (NCST), Moacyr Auersvald, juntamente
com os presidentes das demais centrais sindicais,
entregou, na tarde desta terça-feira (29), a Pauta
da Classe Trabalhadora 2025 ao presidente Luiz
Inácio Lula da Silva. A entrega fez parte da intensa
agenda de mobilização em Brasília e representa um
momento estratégico na luta por direitos e justiça
social.
Entre os pontos de destaque da pauta estão a redução
da jornada de trabalho sem redução salarial, o fim
da escala 6x1, a isenção do imposto de renda para
quem ganha até R$ 5 mil e a taxação dos super-ricos.
A NCST teve participação ativa em todas as etapas de
construção e defesa dessas propostas, reforçando seu
compromisso histórico com a valorização do trabalho
e a ampliação de direitos.
Moacyr Auersvald reforçou a urgência de atender às
demandas apresentadas, especialmente diante do
agravamento das desigualdades e da precarização das
relações de trabalho. “Essa pauta é fruto do diálogo
com as bases e expressa os anseios reais da classe
trabalhadora brasileira. Esperamos que o governo
avance na construção de políticas públicas que
valorizem o trabalho decente, promovam justiça
fiscal e garantam dignidade para quem constrói
diariamente o nosso país”, afirmou.
Participaram também do encontro o vice-presidente da
República e ministro do Desenvolvimento, Indústria,
Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin; a
ministra-chefe da Secretaria de Relações
Institucionais da Presidência da República, Gleisi
Hoffmann; o ministro-chefe da Secretaria-Geral da
Presidência, Márcio Macêdo; e o ministro do Trabalho
e Emprego, Luiz Marinho.
CLIQUE AQUI E ACESSE A PAUTA DA CLASSE TRABALHADORA
Fonte: NCST

01/05/2025 -
Ministro Luiz Marinho se reúne com centrais
sindicais e reforça convite para a Semana do
Trabalho
Evento será realizado de 5 a 9 de maio, na
Esplanada dos Ministérios, com serviços, atividades
culturais e valorização dos trabalhadores
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, se
reuniu nesta terça-feira, 29 de abril, com os
presidentes das principais centrais sindicais do
país, em Brasília. Durante o encontro, ele convidou
os representantes para participarem da Semana do
Trabalho, que acontece de 5 a 9 de maio, na
Esplanada dos Ministérios, em Brasília.
A Semana do Trabalho é uma iniciativa do Ministério
do Trabalho e Emprego (MTE) em homenagem ao Dia do
Trabalhador e da Trabalhadora. O evento contará com
cinco dias de programação diversificada, oferecendo
serviços gratuitos, atividades culturais, exposições
e feiras voltadas ao público trabalhador.
Durante o evento, o público poderá: emitir
documentos; buscar atendimento sobre a Carteira de
Trabalho Digital; obter informações sobre o Programa
de Crédito ao Trabalhador; tomar vacinas; fazer
exames de saúde, entre outros. Além disso, haverá
apresentações culturais, exposições sobre o mundo do
trabalho e feiras com produtos da economia
solidária.
A Semana do Trabalho é uma oportunidade para a
população se aproximar dos serviços do Ministério,
conhecer seus direitos e participar de um momento de
valorização do trabalho.
Durante o encontro com os representantes sindicais,
o ministro Luiz Marinho destacou a importância de
fortalecer o diálogo social e as mesas de negociação
tripartite — com a participação de trabalhadores,
empregadores e governo — como instrumentos
fundamentais para promover o desenvolvimento com
inclusão e justiça social. Participaram da reunião
os presidentes das principais centrais sindicais do
país: Sérgio Aparecido Nobre, da Central Única dos
Trabalhadores (CUT); Adilson Araújo, da Central dos
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB);
Antônio Neto, da Central dos Sindicatos Brasileiros
(CSB); Miguel Torres, da Força Sindical; Moacyr
Auersvald, da Nova Central Sindical de Trabalhadores
(NCST); e Ricardo Patah, da União Geral dos
Trabalhadores (UGT).
Fonte: MTE

01/05/2025 -
Rendimento médio das famílias bate novo recorde,
aponta IBGE
O número chegou a R$ 3.410, com alta de 1,2% no
trimestre e de 4,0% na comparação anual
O rendimento médio das famílias brasileiras alcançou
o maior patamar da série histórica em março de 2025,
aponta a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
(Pnad) Contínua, divulgada nesta quarta-feira (30)
pelo IBGE. Segundo o levantamento, o valor chegou a
R$ 3.410, com alta de 1,2% no trimestre e de 4,0% na
comparação anual.
O resultado positivo vem mesmo em um cenário de
inflação acima da meta estipulada pelo Conselho
Monetário Nacional (CMN), e indica que a recuperação
da renda tem resistido às oscilações do mercado de
trabalho.
Já a taxa de desemprego subiu para 7% no período,
uma leve alta em relação aos 6,8% registrados até
fevereiro. Apesar do aumento, o índice ainda
representa o menor nível para o mês de março desde
2012.
Segundo o IBGE, a população em busca de trabalho
cresceu 13,1% frente ao trimestre encerrado em
dezembro, somando mais 891 mil pessoas. Já o número
de ocupados caiu 1,3% no mesmo período, o que
significa menos 1,3 milhão de brasileiros
empregados.
Outros dados mostram uma estabilidade no número de
trabalhadores com carteira assinada no setor
privado, que permanece em 39,4 milhões. No entanto,
houve queda de 5,3% entre os empregados sem carteira
assinada, com redução de 751 mil pessoas nesse
grupo.
Fonte: Brasil247

01/05/2025 -
Movimento sindical: agenda legislativa e prioridades
para 2025
Em cenário político e institucional repleto de
oportunidades e ameaças, marcado por significativas
reconfigurações — tanto estruturais quanto
conjunturais — torna-se necessária atuação
permanente nos Poderes Legislativo e Executivo, a
fim de manter o diálogo em defesa de agenda positiva
para os trabalhadores, nas cidades e no campo.
Neuriberg Dias*
Com esse propósito, o DIAP e o Fórum das Centrais
Sindicais apresentam a 4ª edição da Agenda
Legislativa das Centrais Sindicais no Congresso
Nacional.
O ambiente político nacional é caracterizado por
governo de frente ampla, que herdou cenário
econômico e social desafiador. As reformas
implementadas nos últimos anos continuam a impactar
o presente, tornando essencial compreender esse
legado para projetar a capacidade de avanço na
agenda de direitos no atual Congresso Nacional.
Desde 2021, quando foi lançada a primeira edição da
agenda legislativa, tem-se revelado a importância do
trabalho articulado das centrais sindicais, com
avanços obtidos na aprovação de propostas que
beneficiaram os trabalhadores e a sociedade em
geral.
Desde a primeira edição, foram priorizadas,
respectivamente, 24 proposições em 2021, 36 em 2022
e 33 em 2024, que tramitaram no Congresso Nacional.
Dentre essas, 10 matérias consideradas positivas
foram aprovadas; 15, tidas, na maioria, como
prejudiciais aos trabalhadores, foram rejeitadas ou
arquivadas; e cerca de 22 seguem em tramitação.
Entre as proposições aprovadas, destacam-se o
auxílio emergencial de R$ 600; a Lei da Igualdade
Salarial — devolvida pelo Executivo e coube à Câmara
a revisão das alterações realizadas pelo Senado, mas
aprovada em definitivo no governo Lula; e o avanço
da Reforma Tributária — PEC 45/19 —, promulgada em
2023, que garantiu a isenção da cesta básica e o
mecanismo de cashback.
Além disso, houve a retomada de programas sociais, e
as leis de retomada de valorização do salário mínimo
e das aposentadorias, do reajuste da tabela do
Imposto de Renda e dos servidores públicos,
programas como desenrola, entre outras conquistas,
instituídas por meio de lei.
Por outro lado, foram rejeitadas, por exemplo, as
medidas provisórias 1.045 e 1.046, que pretendiam
tornar permanentes medidas trabalhistas excepcionais
adotadas durante a pandemia. Também houve recuos
importantes, como na tramitação da PEC 32/20, da
Reforma Administrativa — ainda em análise na Câmara
dos Deputados —, e de diversos projetos que buscavam
aprofundar as reformas Trabalhista e Sindical,
incluindo propostas que dificultariam o
financiamento sindical como o PL 1.663, que se
encontra na Câmara e os PL 2.099 e 2.830, ambos em
tramitação no Senado.
Em 2025, o contexto político passa por mudanças
relevantes, a começar pela eleição de novos
presidentes das casas legislativas: Hugo Motta (Republicanos-PB),
na Câmara dos Deputados, e Davi Alcolumbre (União-AP),
no Senado Federal.
Essa renovação representa sólida união em torno
dessas novas lideranças e gera expectativas quanto à
maior previsibilidade das pautas, funcionamento das
comissões permanentes e à retomada das comissões
mistas que examinam as medidas provisórias, que
indicam nova postura institucional e maior
participação social no processo legislativo.
O calendário parlamentar será influenciado pelas
eleições gerais, que ocorrerão apenas em outubro de
2026. No entanto, até abril do próximo ano haverá a
chamada “janela partidária”, com fusões e
reconfigurações partidárias, o que afetará o ritmo e
o conteúdo das pautas debatidas entre governo e
oposição.
A interdependência entre os Poderes ganhou ainda
mais relevância após o fim do teto de gastos e sua
substituição pelo novo arcabouço fiscal, fator que
exige consenso para o avanço de medidas econômicas e
sociais. As eleições municipais indicaram o
fortalecimento de forças de centro e centro-direita,
consideradas estratégicas para o cenário das
eleições presidenciais. Soma-se a isso a expectativa
de reforma ministerial, que poderá apontar novos
rumos para a condução política do governo Lula.
A Agenda Legislativa de 2025 baseia-se, então, em
atuação permanente em defesa das prioridades,
considerando esse contexto estrutural e conjuntural.
Seu objetivo é organizar e facilitar o diálogo com o
Congresso Nacional e com as bases parlamentares,
promovendo articulações em torno de temas
conjunturais e estratégicos.
Para a definição das proposições prioritárias, o
DIAP adotou critérios como: probabilidade de
tramitação em 2025; impacto social e trabalhista;
origem governamental ou apoio de setores relevantes;
necessidade regulatória ou previsão legal; decisões
judiciais anteriores, entre outros critérios
técnicos específicos.
Entre os temas prioritários da agenda destacam-se:
isenção do Imposto de Renda para rendimentos de até
R$ 5 mil; redução da jornada de trabalho; garantia
de direitos para trabalhadores de aplicativos;
fortalecimento da negociação coletiva para
trabalhadores e servidores públicos; e
regulamentação da IA (inteligência artificial).
Essas propostas refletem a preocupação com a justiça
fiscal, a modernização das relações de trabalho e a
atualização do marco normativo frente aos desafios
da transformação digital.
A atuação estratégica no Congresso Nacional exigirá
unidade do movimento sindical e sensibilidade em
relação ao ambiente político e econômico. Mais do
que nunca, será fundamental a capacidade de
articulação e a clareza das prioridades de
negociação. A Agenda Legislativa de 2025 representa
esforço coordenado para assegurar avanços sociais em
período politicamente desafiador.
(*) Jornalista, analista político e diretor de
Documentação licenciado do Diap. Sócio-diretor da
Contatos Assessoria Política
Fonte: Diap

30/04/2025 -
Emprego formal no setor privado cresceu 4,2% em
2024, diz Dieese
Saiba como o emprego formal no setor privado
cresceu 4,2% em 2024 e quais setores mais
contribuíram para esse crescimento.
O número de empregos formais no setor privado
cresceu 4,2%, em 2024, com a geração de 1,589 milhão
de postos de trabalho no país. O total passou de
38,266 milhões para 39,855 milhões. É o que aponta o
levantamento do Dieese.
De acordo com o estudo, apenas 10 setores
responderam por 56,0% do estoque total de vagas no
país, com o comércio varejista à frente, (7,280
milhões de empregos).
Ainda de acordo com o levantamento, os segmentos com
maior crescimento do emprego formal foram:
- serviços de escritório, de apoio administrativo e
outros serviços prestados às empresas (8,3%);
- atividades de atenção à saúde humana (4,9%);
- comércio e reparação de veículos automotores e
motocicletas (4,8%); e
- serviços para edifícios e atividades paisagísticas
(4,8%).
A remuneração média dos empregos formais, contudo,
cresceu só 0,3% em 2024, passando de R$ 3.168 para
R$ 3.176, em valores atualizados.
No setor de serviços de escritório, de apoio
administrativo e outros serviços prestados às
empresas, apesar do crescimento do emprego, a
remuneração média diminuiu 0,5%. No segmento de
atividades de atenção à saúde humana, a variação
negativa da remuneração foi de 0,2%.
Cerca de 80,5% dos reajustes têm ganhos reais, em
Março de 2025
O
Caderno de Negociações do Dieese aponta que as
negociações coletivas da data-base março, 80,5% dos
reajustes registrados no Mediador até 4 de abril
resultaram em ganhos reais aos salários, na
comparação com a inflação medida pelo Índice
Nacional de Preços ao Consumidor, do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (INPC-IBGE).
O levantamento aponta ainda que outras 10,4% tiveram
resultados iguais à inflação e 9,1% ficaram abaixo
dela. A variação real média da data-base março é,
até o momento, de 0,81% acima do INPC.
Destaca para os trabalhadores nos transportes e na
construção e mobiliário alcançaram ganhos reais em
mais de 90% dos casos, nos últimos 12 meses.
Por outro lado, menos da metade das negociações dos
trabalhadores em empresas de comunicação e dos
profissionais liberais conseguiu esse resultado.
O maior valor médio dos pisos é dos profissionais
liberais (R$ 3.477) e o menor, o dos trabalhadores
em comunicação e nas indústrias têxteis (R$ 1.638 em
ambas).
Fonte: Rádio Peão Brasil

30/04/2025 -
Desaprovação a Lula registra forte queda em abril,
aponta pesquisa
Avaliação do governo também melhorou, segundo
pesquisa AtlasIntel realizada em parceria com a
Bloomberg
A desaprovação ao presidente Luiz Inácio Lula da
Silva (PT) diminuiu em abril em comparação ao mês
anterior, segundo pesquisa AtlasIntel realizada em
parceria com a Bloomberg e divulgada nesta
segunda-feira (28) pela Carta Capital.
De acordo com o levantamento, 50,1% dos brasileiros
desaprovam o desempenho de Lula, enquanto 46,1%
aprovam sua gestão. No levantamento anterior,
realizado em março, a desaprovação era de 53,6%,
contra uma aprovação de 44,9%.
A avaliação do governo também melhorou, segundo a
pesquisa. Ele é visto como ruim ou péssimo para
47,7% (eram 49,6%), bom ou ótimo para 40,2% (eram
37,4%) e regular para 9,6% (eram 12,5%).
O instituto contou com 5.419 respondentes pela
Internet, via Recrutamento Digital Aleatório, entre
20 e 24 de abril. A margem de erro é de 1 ponto
percentual, com um nível de confiança de 95%.
Fonte: Brasil247

30/04/2025 -
MTE divulga dados do Novo Caged de março nesta
quarta-feira (30)
Coletiva de imprensa será realizada em Brasília,
com transmissão ao vivo e divulgação dos dados no
site oficial
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho,
apresenta nesta quarta-feira (30) os resultados do
Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados
(Novo Caged), referentes ao mês de março de 2025.
A coletiva de imprensa será realizada às 14h30, na
sala de reuniões 433, 4º andar do Edifício Sede do
MTE, em Brasília, com a participação da
subsecretária de Estudos do Trabalho, Paula
Montagner, e da equipe técnica.
Jornalistas podem participar presencialmente ou
acompanhar a transmissão ao vivo pelo canal oficial
do MTE no YouTube.
Após a coletiva, as informações completas estarão
disponíveis no Painel de Informações do Novo Caged,
no site do MTE.
Serviço: Coletiva de Divulgação dos Dados do
Novo Caged – Março de 2025
Data: 30 de abril (quarta-feira)
Horário: 14h30
Local: Sala de reuniões 433 – 4º andar,
Edifício Sede do Ministério do Trabalho e Emprego
(Brasília/DF)
Fonte: MTE

30/04/2025 -
Deputada propõe triplicar folgas para trabalhadores
que doarem sangue
Atualmente, doadores têm direito a uma folga
anual; proposta de Rosana Valle (PL-SP) também prevê
folga bimestral para doação de plaquetas.
A deputada federal Rosana Valle (PL-SP) apresentou
na Câmara uma proposta para ampliar de uma para até
três as folgas anuais justificadas no trabalho para
quem doar sangue. O projeto de lei 1.862/2025 altera
a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e garante
o direito a uma ausência justificada por ano para
cada doação realizada, com o limite máximo de três
doações no período de 12 meses. Além da doação de
sangue, o texto também estende o direito a
trabalhadores que doarem plaquetas. Neste caso, o
doador teria direito a uma folga a cada dois meses.
Segundo a deputada, a intenção é reconhecer a
importância social da doação de sangue e incentivar
o gesto entre os trabalhadores. A parlamentar
destacou a dificuldade enfrentada por hemocentros
para manter estoques adequados, especialmente em
períodos críticos: "Nos últimos anos, diversos
hemocentros enfrentaram situações críticas de
desabastecimento. O da Santa Casa de Misericórdia de
São Paulo, por exemplo, chegou a operar com menos de
30% do estoque ideal em períodos de férias e em
feriados prolongados. Já o hemocentro da Fundação
Pró-Sangue, também de São Paulo, teve armazenamento
abaixo de 22% para os tipos O e B. O ajuste é
urgente".
De acordo com o Ministério da Saúde, apenas 1,4% da
população brasileira se enquadrava como doadora
regular de sangue até 2022, o equivalente a 14
pessoas a cada mil habitantes. São cerca de 3,1
milhões de doações por ano no Sistema Único de Saúde
(SUS). Apesar de o índice estar dentro do parâmetro
mínimo recomendado pela Organização Mundial da Saúde
(OMS), entre 1% e 3% da população, a taxa ainda é
considerada insuficiente para atender à demanda.
Para Rosana, é necessário criar estímulos concretos
para ampliar a adesão à doação. "Ao permitir a
ausência no trabalho por um dia a cada quatro meses
para doação de sangue e a cada 60 dias para doação
de plaquetas, criamos estímulos concretos. Vale
lembrar que cada doação pode salvar até quatro
vidas", argumenta a deputada. Ela também defende que
a apresentação de uma declaração emitida pelo
hemocentro seja obrigatória para assegurar o
controle da medida e evitar abusos.
O projeto foi protocolado na última quinta-feira
(25) e deverá tramitar pelas comissões temáticas da
Câmara dos Deputados antes de ser analisado, se
necessário, pelo Plenário.
Fonte: Congresso em Foco

29/04/2025 -
Pejotização custou ao menos R$ 89 bilhões e ameaça
Previdência, diz estudo
A contratação de trabalhadores como pessoa jurídica
já custou ao menos R$ 89 bilhões aos cofres públicos
desde a reforma trabalhista e é um risco para a
Previdência Social, diz um estudo sobre o tema
realizado por pesquisadores da FGV. Isso ocorre
porque esse tipo de contrato recolhe menos impostos
do que o contrato CLT. O STF (Superior Tribunal
Federal) vai decidir sobre o tema.
Custo bilionário
Número de trabalhadores por conta própria cresceu até
90%. De final de 2017, quando foi aprovada a reforma
trabalhista, até 2023, o número de trabalhadores por
conta própria classificados como MEIs (com renda de
até R$ 6.750 por mês) aumentou 24%. Já o número de
trabalhadores classificados como empresas do Simples
Nacional (renda de mais de R$ 6.750 até R$ 400 mil
mensais) teve crescimento de 90%.
Dado está na nota técnica sobre os impactos da
pejotização na arrecadação tributária. O
levantamento foi elaborado por Nelson Marconi,
coordenador do curso de graduação em administração
pública da FGV, e Marco Capraro Brancher, consultor
da FGV, a pedido da seccional paulista da OAB, e
publicado em junho de 2024.
Pejotização custou entre R$ 89 bilhões e R$ 144
bilhões aos cofres públicos nos últimos anos. Os
pesquisadores fizeram a conta de quanto os
trabalhadores contratados como pessoa jurídica após
a reforma trabalhista gerariam de arrecadação a
mais, caso tivessem sido contratados como CLT. A
conclusão foi que o governo deixou de arrecadar
entre R$ 89 bilhões e R$ 144 bilhões entre 2018 e
2023.
Como PJ, cada um desses trabalhadores gerou em média
R$ 4 mil em imposto em 2023. O valor considera
Imposto de Renda mais os impostos pagos como MEI ou
empresa do Simples Nacional. Se fossem contratados
como CLT, os impostos pagos ficariam entre R$ 21 mil
e R$ 33 mil em 2023, a depender do tipo de Empresa
contratante.
"Do ponto de vista social, os trabalhadores têm
perdas em termos de direitos, como férias, décimo
terceiro e aviso prévio. Para o lado da empresa,
isso flexibiliza o mercado de trabalho e diminui
encargos. Mas, do ponto de vista econômico, tem um
impacto muito forte na arrecadação. Diminui o
dinheiro para financiar políticas públicas." -
Nelson Marconi, coordenador do curso de graduação em
administração pública da FGV.
Perda arrecadatória tem impacto na Previdência e no
déficit público, dizem os pesquisadores. O
levantamento pondera ainda que os gastos públicos
também são afetados, uma vez que quem é MEI tem
direito a se aposentar com um salário mínimo e
acesso à Previdência Social. “São pessoas que terão
menos acesso a plano de saúde e vão recorrer ao
sistema público. Não terão aposentadoria e vão
demandar do governo alguma proteção social”, diz
Marconi.
Caso a pejotização seja ampliada, impacto será muito
maior. Os pesquisadores também calcularam qual seria
o impacto da pejotização, caso mais trabalhadores
fossem contratados como PJ. A simulação leva em
consideração a tendência do STF de reconhecer esse
tipo de contrato. Se metade dos trabalhadores CLT em
2023 se tornassem trabalhadores por conta própria, a
perda de arrecadação chegaria a mais de R$ 384
bilhões em apenas um ano, diz o estudo.
Cenário é extremo, mas possível, diz pesquisador.
“Calculamos para ter uma simulação. Mas acredito que
é possível. Se o STF aprovar a terceirização dessa
forma, vai gerar uma escalada de contratações no
regime PJ. Mesmo que seja metade disso, 25% da força
de trabalho, já seria uma queda brutal na
arrecadação”, diz Marconi.
Estudo considerou apenas trabalhadores por conta
própria formais. Os cálculos do estudo consideram
apenas os trabalhadores que possuem CNPJ, e exclui
os demais empregados formais e informais. Também
foram desconsiderados os trabalhadores que não
poderiam ser enquadrados no Simples Nacional ou como
MEIs, devido ao patamar de rendimentos ou à
atividade exercida. “O grupo restante é aquele que,
supostamente, poderia estar trabalhando como
empregado com carteira assinada e foi “pejotizado””,
dizem os pesquisadores.
É terceirização ou pejotização?
Após a reforma trabalhista, as reclamações sobre
pejotização inundaram o STF. “Muitas empresas foram
ao STF reclamar de decisões da Justiça do Trabalho
em situações como a da pejotização. O direito do
trabalho se tornou o assunto principal das
reclamações constitucionais no STF”, diz Olivia
Pasqualeto, professora de Direito da FGV, que também
estuda o tema e cuja pesquisa é citada no estudo
sobre arrecadação.
Supremo tem validado contratações como PJ. Em um
estudo de 2023, Pasqualeto e outras duas
pesquisadoras analisaram as reclamações sobre o tema
no STF. A conclusão foi que o Supremo tem decidido
de forma favorável às contratações como PJ, mesmo
nos casos em que a Justiça do Trabalho entendeu que
havia uma relação de trabalho disfarçada.
Uma das críticas às decisões do STF é que a
terceirização, que foi liberada com a reforma
trabalhista, é diferente da pejotização. “A
terceirização envolve três partes. Quem trabalha em
uma empresa terceirizada continua tendo um vínculo
de emprego. A pejotização envolve apenas duas
pontas. E o PJ não tem vínculo de emprego e nenhum
dos direitos trabalhistas conventionais, diz a
Professora.
Requisitos para contratação CLT ficam nebulosos, diz
pesquisadora. Ao analisar os casos de pejotização, a
Justiça do Trabalho verifica se existem requisitos
como a subordinação e a pessoalidade (quando a
função não pode ser transferida para outra pessoa).
Quando os elementos previstos estão presentes, a
contratação deve ser via CLT, diz Pasqualeto.
"São requisitos que continuam valendo mesmo após a
reforma trabalhista. Quando o STF diz que qualquer
relação vai ser lícita, ficamos sem saber qual
elemento vai diferenciar uma coisa da outra. Fica
nebuloso saber o que deve ser regido pela CLT." -
Olivia Pasqualeto, professora de Direito da FGV.
Ações suspensas
O ministro Gilmar Mendes, do STF, suspendeu todos os
processos sobre o tema. A decisão, de 14 de abril,
afeta todas ações que discutem a legalidade da
contratação de trabalhador autônomo ou pessoa
jurídica para prestação de serviços. A suspensão
vale até o julgamento definitivo do tema, que será
analisado com repercussão geral – ou seja, o
resultado deverá ser seguido por todos os tribunais
que julgarem a mesma questão.
Suspensão afeta milhares de ações em tramitação e
expõe um embate entre o STF e a Justiça trabalhista.
A Justiça do Trabalho tinha quase 460 mil ações
sobre reconhecimento de relação trabalhista em 2024.
Dentre os pontos a serem decididos pelo Supremo está
a competência da Justiça do Trabalho para julgar
casos desse tipo.
Fonte: UOL

29/04/2025 -
Brasil e OIT fortalecem parceria por justiça social
e igualdade de oportunidades
Ministro recebe representantes da Organização
Internacional do Trabalho para tratar de ações
conjuntas em proteção social, trabalho decente e
igualdade salarial
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, se
reuniu no dia 24 de abril, na sede do ministério em
Brasília (DF), com a diretora-geral adjunta de
Parcerias e Relações Externas da Organização
Internacional do Trabalho (OIT), Laura Thompson, e
com o diretor do Escritório da OIT no Brasil,
Vinicius Pinheiro. O encontro teve como foco o
fortalecimento da cooperação entre o Brasil e a
organização.
Durante o encontro, foram discutidas formas de
ampliar a cooperação entre o governo brasileiro e a
OIT em áreas como justiça social, proteção social e
fortalecimento do diálogo entre governo,
trabalhadores e empregadores.
O ministro Luiz Marinho reafirmou o compromisso do
Brasil com a promoção do trabalho decente, da
igualdade de oportunidades e da inclusão social.
Também destacou o interesse do governo federal em
ampliar parcerias técnicas com organismos
internacionais.
Laura Thompson destacou o papel estratégico do
Brasil na promoção de políticas públicas voltadas à
igualdade salarial. Ela mencionou o lançamento do 3º
Relatório de Transparência Salarial, cujos dados
foram considerados positivos pelos representantes da
OIT.
Durante a reunião, foi discutida a possibilidade de
realizar um evento no Brasil focado na promoção da
Equal Pay International Coalition (EPIC), com o
objetivo de incentivar a adesão de outros países da
América do Sul à iniciativa. O evento, que contaria
com o apoio da OIT, poderia se tornar um importante
fator de mobilização regional em torno da igualdade
salarial entre mulheres e homens.
Outro tema discutido foi o programa de cooperação
entre o Ministério do Trabalho e a OIT, que inclui
projetos voltados para o fortalecimento da justiça
social no Sul Global.
Fonte: MTE

29/04/2025 -
Dirigente sindical perde estabilidade se empresa
fecha, decide juíza
A estabilidade provisória no emprego do dirigente
sindical, prevista na Constituição e na Consolidação
das Leis do Trabalho (CLT), tem a finalidade de
assegurar a autonomia dos comandantes dos
sindicatos. Nos casos em que a empresa é fechada,
essa estabilidade deve ser extinta.
Esse foi o fundamento da juíza Cinthia Lima de
Araújo, da 3ª Vara do Trabalho de Aracaju, para
negar o pedido de reintegração de um dirigente
sindical que foi demitido sem justa causa em junho
do ano passado.
Na ação, o trabalhador narrou que foi eleito
dirigente sindical em 2012 e reeleito
consecutivamente até 2024. Ele alegou que a empresa
o dispensou com a justificativa de ter encerrado as
atividades, mas na verdade repassou essas atividades
a outra empresa, que pertenceria ao mesmo grupo
familiar.
A ré, por sua vez, afirmou que a segunda empresa
assumiu apenas o licenciamento do uso de uma marca
que pertencia à primeira, mas que não há qualquer
relação societária entre elas.
Ao analisar o caso, a juíza acolheu os argumentos da
empresa. Segundo ela, o sindicalista não comprovou
vínculo entre as duas empresas ou a existência de
grupo econômico entre elas.
A julgadora considerou que a estabilidade provisória
de dirigente sindical “não é uma garantia pessoal do
empregado, mas um instrumento de defesa da categoria
profissional que ele representa”.
Segundo a juíza, a estabilidade serve para assegurar
autonomia no ofício sindical. “Por corolário lógico,
não mais existindo a empresa, cai por terra também a
estabilidade, uma vez que deixa de existir o ofício
de representação sindical.”
A empresa foi representada pelos advogados William
de Andrade Neves, Edilson Moreira Bueno e Antoniel
Ferreira Avelino Filho, do escritório AFA Advogados.
Clique
aqui para ler a decisão
Processo 0001010-53.2024.5.20.0003
Fonte: Consultor Jurídico

29/04/2025 -
Trabalhador pode trocar dívidas mais caras por
consignado para CLT
Serviço pode ser feito direto no site ou
aplicativo do banco
A partir de sexta-feira (25), os trabalhadores com
empréstimo consignado ou crédito direto ao
consumidor (CDC) podem migrar essas dívidas para o
Crédito do Trabalhador, que fornece o recurso a
trabalhadores com carteira assinada com juros mais
baixos. As 70 instituições financeiras habilitadas
no programa já estão autorizadas a oferecer a troca
diretamente em seus aplicativos e sites.
Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego, a
migração ainda não está disponível na Carteira de
Trabalho Digital. Nessa etapa, a portabilidade do
crédito só pode ser feita no mesmo banco onde o
empréstimo foi contratado.
A troca só é vantajosa nos casos em que o consignado
para CLT, lançado há um mês, tenha juros mais baixos
que as linhas de crédito contratadas pelo
trabalhador. Em média, o CDC tem juros em torno de
7% a 8% ao mês. No programa Crédito do Trabalhador,
as taxas estão um pouco acima de 3% ao mês, com
alguns bancos cobrando 1,6% ao mês.
Segundo a medida provisória que lançou o Programa
Crédito do Trabalhador, a redução dos juros na troca
de dívida é obrigatória. Para fazer o procedimento,
o trabalhador contrata um empréstimo consignado pelo
Crédito do Trabalhador e quita a dívida anterior.
Caso tenha margem consignável, pode pedir um novo
crédito.
A obrigatoriedade da redução das taxas de juros para
a troca de dívidas vale por 120 dias, até 21 de
julho, conforme a medida provisória. Além disso, o
banco pode oferecer diretamente aos seus clientes a
opção de migrar para o Crédito do Trabalhador com as
taxas reduzidas. Se o trabalhador não achar as
condições vantajosas, ele pode optar pela
portabilidade para outra instituição financeira.
Próximas etapas
Para o início de maio, está prevista a portabilidade
entre bancos diferentes. Com a medida, o trabalhador
pode transferir o CDC ou o empréstimo consignado
para outra instituição financeira que ofereça juros
mais vantajosos.
A troca de dívidas e a concessão de novos
empréstimos serão geridas pela Dataprev. O
Ministério do Trabalho e Emprego monitora
diariamente as taxas de juros e o perfil dos
tomadores de crédito.
A portabilidade automática de dívidas vale apenas
para CDC ou empréstimos consignados tradicionais. No
entanto, o trabalhador também pode contratar a linha
do Programa Crédito do Trabalhador para quitar
débitos no cheque especial ou no cartão de crédito.
Nesses casos, será necessário primeiramente
renegociar a dívida antes de contratar o empréstimo
para quitá-la.
Estatística
Até as 17h de quinta-feira (24), informou o Ministério
do Trabalho, foram liberados R$ 8,2 bilhões em
empréstimos no Programa Crédito do Trabalhador. Ao
todo, foram firmados 1.510.542 contratos,
beneficiando 1.478.711 trabalhadores.
O valor médio por contrato corresponde a R$
5.491,66, com média de 16 parcelas e prestação média
de R$ 335,51. São Paulo, Rio de Janeiro, Minas
Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná são os estados
com maior volume de concessões pelo novo programa.
Fonte: Agência Brasil

28/04/2025 -
Após Marcha, Lula receberá Centrais, dia 29/4, em
Brasília
CUT, Força Sindical, UGT, CTB, CSB, NCST, Publica e
Intersindical Instrumento de Luta realizam Plenária
e Marcha da Classe Trabalhadora no dia 29/4, próxima
terça-feira, em Brasília. Ao final da Plenária e da
Marcha, o presidente Lula receberá as Centrais
Sindicais, que entregarão a Pauta da Classe
Trabalhadora.
A concentração para a Marcha será às 8h, no
estacionamento do Teatro Nacional/Praça da
Cidadania, próximo à rodoviária.
Às 9h, será realizada a Plenária. Às 10h30, a saída
da Marcha rumo ao Congresso Nacional, onde a Pauta
também será entregue à Câmara dos Deputados e ao
Senado.
Principais itens da pauta, horário e local da
entrega do documento ao presidente Lula serão
informados em breve.
AGENDA – Plenária e Marcha da Classe
Trabalhadora
Data: 29 de abril, terça-feira
Horário: 8h -início da concentração
9h – Plenária – Estacionamento do Teatro
Nacional/Praça da Cidadania (próximo à rodoviária)
10h30 – Saída da Marcha
Fonte: Rádio Peão Brasil

28/04/2025 -
Conselho do FAT aprova contas do Fundo de Amparo ao
Trabalhador em 2024
Fundo de Amparo ao Trabalhador registrou
arrecadação de R$ 113,1 bilhões e priorizou ações de
qualificação profissional e intermediação de mão de
obra para grupos vulneráveis.
O Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao
Trabalhador (Codefat) aprovou, no dia 23 de abril, a
prestação de contas do Fundo referente ao exercício
de 2024. O FAT financia programas essenciais de
proteção ao trabalhador, como o pagamento do
seguro-desemprego e do abono salarial, além de
investir em políticas públicas de qualificação
profissional e intermediação de mão de obra.
Em 2024, o FAT arrecadou R$ 113,1 bilhões,
provenientes da contribuição PIS/PASEP (R$ 85,4
bilhões), da remuneração dos recursos financeiros
aplicados (R$ 26,4 bilhões) e de outras fontes (R$
1,3 bilhão). As despesas correntes do Fundo foram
aplicadas principalmente no pagamento dos benefícios
do seguro-desemprego (R$ 53,4 bilhões) e do abono
salarial (R$ 28,1 bilhões), além de outras despesas
totais de R$ 450 milhões. As despesas de capital, no
montante de R$ 28,2 bilhões, foram destinadas aos
repasses ao BNDES, conforme o FAT Constitucional,
para o financiamento de programas de desenvolvimento
econômico.
Em 2024, o Fundo registrou receitas orçamentárias de
R$ 113,1 bilhões e despesas empenhadas de R$ 110,2
bilhões, gerando um resultado nominal de R$ 2,9
bilhões, valor ligeiramente superior ao registrado
em 2023, que foi de R$ 2,8 bilhões.
Benefícios - Segundo o relatório apresentado,
em 2024, as receitas do Fundo cresceram 15,0%,
enquanto as despesas aumentaram 15,4%.
Destaca-se que, no mesmo ano, o FAT também destinou
recursos para ações de qualificação profissional (R$
178 milhões) e intermediação de mão de obra (R$ 37,6
milhões), com foco na reestruturação do Sistema Sine.
A política priorizou grupos com maiores dificuldades
de inserção ou permanência no mercado de trabalho,
como jovens, mulheres, negros, idosos, povos e
comunidades tradicionais, LGBTQIAPN+, trabalhadores
resgatados do trabalho escravo, beneficiários do
seguro-desemprego e inscritos no CadÚnico.
Durante a reunião, os conselheiros aprovaram uma
alteração nas normas do Sine, incluindo imigrantes,
apátridas e refugiados como novos grupos
prioritários no Programa Manuel Querino de
Qualificação Profissional, executado pelo Sistema
Sine em todo o país.
Fonte: MTE

28/04/2025 -
Governo começa pagamento de 13º salário para
aposentados do INSS
O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) começou
na quinta-feira (24) o pagamento da primeira parcela
do décimo terceiro salário para cerca de 34,2
milhões de aposentados, pensionistas e beneficiários
de auxílios. O pagamento, realizado de forma
escalonada de acordo com o dígito final do Número de
Inscrição Social (NIS), vai até 8 de maio.
Com a previsão de injetar R$ 73,3 bilhões na
economia, a antecipação do décimo terceiro será paga
em duas parcelas. A segunda será depositada de 26 de
maio a 6 de junho.
As datas de pagamento são definidas considerando o
último dígito do NIS e a renda do beneficiário.
Aqueles que recebem até um salário mínimo começam a
receber antes dos que recebem valores superiores. A
consulta à data de pagamento pode ser realizada pelo
aplicativo Meu INSS, disponível para celulares e
tablets, ou pelo site gov.br/meuinss. Para quem não
tem acesso a internet, a consulta também pode ser
feita pelo telefone 135, informando o CPF e
confirmando alguns dados pessoais.
O atendimento telefônico está disponível de segunda
a sábado, das 7h às 22h. Para quem recebe acima de
um salário mínimo, o calendário de pagamento é o
seguinte:
- NIS final 1 e 6: primeira parcela em 2 de
maio e a segunda em 2 de junho;
- NIS final 2 e 7: recebem em 5 de maio e 3 de
junho;
- NIS final 3 e 8: recebem em 6 de maio e 4 de
junho;
- NIS final 4 e 9: recebem em 7 de maio e 5 de
junho;
- NIS final 5 e 0: recebem em 8 de maio e 6 de
junho.
O decreto que autoriza a antecipação do décimo
terceiro salário do INSS foi assinado no início do
mês pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Este
é o sexto ano consecutivo em que o pagamento é
antecipado. Em 2020 e 2021, a antecipação foi por
causa da pandemia de covid-19. Em 2022 e 2023, as
parcelas foram pagas em maio e junho; em 2024, em
abril e maio.
De acordo com dados do INSS de fevereiro, 28,68
milhões de pessoas, cerca de 70,5% do total de
segurados, recebem até um salário mínimo (R$ 1.518),
enquanto 11,98 milhões recebem acima desse valor.
Desse total, 10,6 mil recebem o teto da Previdência
Social, de R$ 8.157,41. A maioria dos aposentados e
pensionistas receberá 50% do décimo terceiro na
primeira parcela, exceto aqueles que começaram a
receber o benefício após janeiro, cujo valor será
calculado proporcionalmente.
De acordo com o Ministério da Previdência, os
beneficiários de auxílio-doença também recebem uma
parcela menor, calculada conforme a duração do
benefício. Por lei, os beneficiários de programas
assistenciais, como o Benefício de Prestação
Continuada (BPC) e a Renda Mensal Vitalícia, não têm
direito ao décimo terceiro salário.
Fonte: Congresso em Foco

28/04/2025 -
Hugo Motta pretende criar grupo de trabalho sobre
reforma administrativa
Câmara dos Deputados se prepara a instalação de um
novo Grupo de Trabalho (GT) para discutir a Reforma
Administrativa. Iniciativa é liderada pelo
presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos/PB), e
visa substituir a PEC 32/2020 por uma nova proposta
com abordagem distinta e maior viabilidade política.
O deputado Zé Trovão (PL/SC), que está à frente das
articulações e é cotado para coordenar os trabalhos,
deve se reunir com Hugo Motta para apresentar os
nomes indicados pelos líderes partidários que
integrarão o grupo. A expectativa é que a conversa
ocorra na próxima semana ou na semana seguinte ao
feriado de 1º de maio. A intenção é instalar o GT
logo após esse encontro.
Nomes de parlamentares que deverão ser apresentados
por Zé Trovão: Arthur Maia (União Brasil/BA),
relator da reforma administrativa na comissão
especial que aprovou a PEC 32/2020, do governo
Bolsonaro; André Figueiredo (PDT/CE); Pedro Campos
(PSB/PE); Gilberto Abramo (Republicanos/MG); Doutor
Luizinho (PP/RJ); Adriana Ventura (Novo/SP); e Túlio
Gadêlha (Rede/PE).
Apesar de o Executivo não ter se pronunciado
oficialmente sobre o GT e o governo Lula já ter
declarado que não apoia mudança na Constituição, o
deputado Zé Trovão tem dialogado com o Ministério da
Gestão e da Inovação (MGI), sob o comando da
ministra Esther Dweck.
Resistência dos servidores
Além do governo federal, o debate sobre a reforma
administrativa enfrenta resistência das entidades
que representam os servidores públicos. Desde 2020,
ano que foi apresentada a PEC 32, diversos
movimentos da categoria foram realizados no
Congresso Nacional e nos estados contra o avanço da
proposta.
Este é um dos pontos que foram observados para a
escolha dos parlamentares que vão compor o GT,
privilegiando nomes que transitem bem com as
entidades representativas dos servidores e com o
governo.
A expectativa, tanto de Hugo Motta quanto de Zé
Trovão, é que a pauta avance no Congresso ainda
neste ano.
Fonte: Diap

25/04/2025 -
Isenção do IR é mais importante que anistia na
Câmara, diz Hugo Motta
Presidente da Casa diz que debate o projeto de
anistia com líderes, mas não vai deixar que ele
prejudique o andamento da isenção do Imposto de
Renda.
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB),
disse nesta quarta-feira (23) que não vai deixar a
pauta de anistia aos envolvidos nos atos de 8 de
janeiro prejudicar o andamento do projeto de isenção
ao Imposto de Renda enviado pelo governo Lula. A
declaração foi feita no evento "Pulso Econômico: As
Novas Regras do Jogo", organizado pela CNN Brasil.
Em debate com a participação do ministro Fernando
Haddad (Fazenda), Hugo disse que a isenção do IR é
uma prioridade da Casa legislativa. "Não vamos
permitir que outras pautas, não só a anistia, mas
qualquer outro projeto, prejudique o andamento de um
projeto importante como esse", disse.
Mais adiante, questionado sobre qual dos dois
projetos considera mais importante, o presidente da
Câmara respondeu: "Penso que, para a população
brasileira, numa ordem de prioridade, a matéria do
imposto de renda tem, sim, um apelo muito maior.
Porque nós estamos tratando de possibilitar as
pessoas que menos têm de ter uma renda a mais".
Promessa de campanha do presidente Lula, o projeto
enviado pelo governo ao Congresso isenta a população
que ganha de até R$ 5 mil por mês de pagar Imposto
de Renda. O projeto está na Câmara sob a relatoria
do deputado Arthur Lira (PP-AL) e, segundo Hugo
Motta, deve sofrer modificações na Casa: "Seria
impossível o Congresso não mexer numa proposta como
essa, porque é do Congresso essa discussão. É lá
onde as leis são lapidadas, e o nosso papel, nossa
função, é trabalhar para melhorar o texto do
governo".
Fonte: Congresso em Foco

25/04/2025 -
Aposentado: saiba o que fazer para bloquear
descontos indevidos
Ferramenta do INSS permite encerrar ou prevenir
cobranças não autorizadas feitas por entidades
associativas nos benefícios pagos aos segurados
Os segurados do INSS que desejem verificar se há
algum desconto de mensalidade associativa em seu
benefício, podem consultar através do seu extrato de
benefícios. E caso identifique algum desconto não
autorizado de mensalidade de entidade, ou
associação, pode solicitar de imediato o bloqueio
dos descontos, através do serviço "excluir
mensalidade associativa", disponível no site Meu
INSS, aplicativo de celular, ou pela Central 135
(confira abaixo o passo a passo).
- Entre no Meu INSS (site gov.br/meuinss ou aplicativo
para celular).
- Faça login com CPF e senha do Gov.br.
- Clique no botão “novo pedido”.
- Digite “excluir mensalidade”.
- Clique no nome do serviço/benefício.
- Leia o texto que aparece na tela e avance seguindo
as instruções.
O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS)
esclarece que mesmo os segurados que não
identificaram descontos indevidos de mensalidades
associativas em seus benefícios, podem solicitar o
bloqueio preventivamente de seu benefício para esses
descontos, se este estiver desbloqueado. E o serviço
também está disponível no Meu INSS, basta seguir o
caminho abaixo:
1. Acesse o Meu INSS (site gov.br/meuinss ou
aplicativo para celular).
2. Faça o login pelo CPF e a senha da sua conta
Gov.br.
3. No campo de pesquisa da página inicial, digite
“solicitar bloqueio ou desbloqueio de mensalidade”.
4. Na lista, clique no nome do serviço/benefício.
5. Leia o texto que aparece na tela e avance
seguindo as instruções.
Lembrando que todos os benefícios do INSS que
nasceram a partir de setembro de 2021, já nascem com
o bloqueio para descontos de mensalidades
associativas. E para serem desbloqueados, é
necessário que o segurado solicite o serviço do
desbloqueio mediante uso de biometria.
Caso o segurado deseje reaver descontos indevidos em
seus benefícios, realizados por entidades
associativas, ele pode entrar em contato direto pelo
0800, que aparece ao lado do nome da entidade no seu
contracheque. Ou se preferir, enviar e-mail para
acordo.mensalidade@inss.gov.br, informando o
ocorrido. O INSS irá entrar em contato com a
entidade autora do desconto em folha, solicitando os
documentos que autorizaram o desconto ou a devolução
dos valores.
Outras reclamações e denúncias sobre descontos não
autorizados de associações ou entidades podem ser
registradas diretamente no Portal Consumidor.Gov (https://www.consumidor.gov.br/)
e na Ouvidoria do INSS, através do Plataforma Fala
BR (https://falabr.cgu.gov.br/web/home).
Fonte: Brasil247

25/04/2025 -
Governo Lula estuda substituir vale-refeição por
pagamento via Pix, diz jornal
Segundo a Folha e S.Paulo, proposta avaliada pelo
governo busca cortar custos com intermediários e
garantir repasse integral do benefício
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva
(PT) avalia substituir o atual modelo de
vale-refeição por um sistema de pagamento direto via
Pix, depositado na conta dos trabalhadores. A
proposta é uma das alternativas em análise na
reformulação do Programa de Alimentação do
Trabalhador (PAT), e visa reduzir os custos
operacionais cobrados por empresas intermediárias do
setor. As informações são do jornal Folha de S.
Paulo.
Atualmente, o mercado de benefícios corporativos
movimenta bilhões de reais por ano, com taxas
cobradas por bandeiras e operadoras que atuam como
intermediárias entre empresas, trabalhadores e
estabelecimentos. A ideia do governo é cortar esse
elo e garantir que os valores cheguem integralmente
ao trabalhador, sem descontos ao longo do caminho.
A proposta, segundo interlocutores do Planalto
ouvidos pela Folha, também responde a uma crescente
preocupação com o impacto da inflação de alimentos
sobre a população de baixa renda — uma faixa
essencial à base de apoio político do presidente
Lula.
Viabilidade jurídica
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou que
o tema vem sendo debatido com os ministros Rui Costa
(Casa Civil), Luiz Marinho (Trabalho e Emprego) e o
presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo. Em
reunião realizada em 9 de abril, no Palácio do
Planalto, algumas diretrizes iniciais foram
traçadas, embora ainda haja dúvidas sobre a
viabilidade legal da mudança.
“Temos que trabalhar internamente para ver se [as
definições] são juridicamente viáveis, para que, no
prazo de cerca de 30 dias, tenhamos uma primeira
iniciativa de regulamentação do PAT”, afirmou
Haddad.
Destinação dos recursos
Um dos pontos de maior controvérsia é a liberdade de
uso do benefício. Ao ser transferido via Pix, o
valor poderia ser usado para qualquer finalidade, e
não apenas para despesas com alimentação, como
ocorre hoje. Segundo a Folha de S.Paulo, técnicos do
governo estão divididos: enquanto alguns defendem a
destinação livre, outros argumentam que isso pode
desvirtuar o objetivo do programa.
O setor de cartões, por sua vez, resiste à proposta.
As empresas alegam que sua atuação assegura
controle, rastreabilidade e incentivo à alimentação
saudável, além de garantir que os valores sejam
usados exclusivamente em estabelecimentos
habilitados.
A discussão ocorre em paralelo à tentativa do
governo de regulamentar a portabilidade e
interoperabilidade dos cartões do PAT, permitindo
que trabalhadores escolham livremente a bandeira ou
instituição que administrará seus benefícios.
Apesar do protagonismo do Banco Central nas
discussões, a instituição já sinalizou que não
pretende assumir a regulação do setor. A expectativa
é que a competência fique sob responsabilidade do
Ministério do Trabalho e Emprego.
Fonte: InfoMoney

25/04/2025 -
Uma metáfora – João Guilherme Vargas Netto
Tomando um rio como metáfora para o sindicalismo, a
corrente de água é o movimento e as margens (e
outros acidentes geográficos) são os determinantes
institucionais.
A corrente, bem como a impetuosidade da ação
sindical, pode variar e varia ao longo do tempo. Há
situações e épocas em que o sindicalismo é agressivo
e violento em resposta à violência estatal e
empresarial, como acontecia no Estados Unidos da
América nos fins do século XIX. Era, então,
considerado até mesmo por Engels o mais violento do
mundo, o sindicalismo da “banana de dinamite”.
Mas as formas definitivas e “canônicas” de avanço do
movimento sindical são, em geral, repetitivas:
sindicalização, greves, piquetes, boicotes,
ocupações, assembleias e manifestações de rua. A
ação sindical é muito parecida em qualquer de suas
manifestações nacionais, regionais e locais.
Já as margens institucionais variam e variam muito,
dependendo da época, da situação em cada um dos
países, regiões ou locais ou do acúmulo de
experiências. A violência do sindicalismo
norte-americano deu lugar a um sindicalismo
acomodado e em vários momentos subserviente nas
grandes questões do capitalismo e nos interesses do
Estado (apesar do “quero mais” do charuteiro Gompers).
No Japão, a partir da década dos anos 50 do século
passado, a institucionalização era tão forte que os
sindicatos se obrigavam até à “ofensiva de
primavera” (shuntô) como época de concentração das
campanhas salariais, buscando uma data-base única.
E na França, até hoje, com índices de sindicalização
muito baixos, a taxa de cobertura por acordos e
convenções supera os 90% dos contratos.
Quaisquer que sejam as realidades, as recorrentes e
as específicas – a corrente de água e as margens – o
sindicalismo, como um rio, irriga a democracia.
João Guilherme Vargas Netto é consultor sindical
Fonte: Agência Sindical

25/04/2025 -
Prorrogada MP que liberou saldo retido do FGTS
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, prorrogou
por 60 dias a validade da medida provisória que
liberou o uso do FGTS de quem foi demitido e não
conseguiu acessar o dinheiro na rescisão por ter
usado o saque-aniversário.
A MP 1.290/2025 perderia a validade na segunda-feira
(28). Com a decisão de Davi, o Congresso terá até 27
de junho para deliberar sobre a matéria. Uma
comissão mista de senadores e deputados já foi
designada para analisar a medida.
O texto atende aos trabalhadores que fizeram o
saque-aniversário desde 2020, ano em que a
modalidade foi implementada, e que foram demitidos
nesse período. Originalmente publicada em 28 de
fevereiro, a MP determinou o início dos pagamentos
em 6 de março, com valores limitados a R$ 3 mil e
prioridade aos trabalhadores que têm conta
cadastrada no aplicativo do FGTS Caixa. Uma segunda
parcela, destinada aos valores remanescentes que
ultrapassarem R$ 3 mil, será paga em 17 de junho.
O saque-aniversário entrou em vigor em 2020 (Lei
13.932, de 2019). A modalidade exige adesão prévia
para autorizar o trabalhador a sacar parte do saldo
FGTS anualmente, no mês do seu aniversário. Quando
decide por esse modelo, no entanto, o trabalhador
perde a opção pelo saque-rescisão, em que é possível
resgatar todo o valor do FGTS em caso de demissão
sem justa causa. Só é possível acessar o valor da
multa rescisória. O restante do saldo permanece na
conta e só pode ser resgatado em saques-aniversário
subsequentes.
A medida liberou o saldo, extinguindo ou reduzindo o
tempo de espera para que o trabalhador que optou
pelo saque-aniversário possa retirar o valor total
disponível no fundo de garantia.
No saque-rescisão, o trabalhador demitido sem justa
causa tem direito ao saque integral da conta do
FGTS, incluindo a multa rescisória, quando devida.
Trata-se da modalidade padrão em que o trabalhador
ingressa no FGTS.
Fonte: Agência Senado

25/04/2025 -
Humberto Costa aponta aumento da renda do
trabalhador e queda da desigualdade
Em pronunciamento no Plenário nesta quarta-feira
(23), o senador Humberto Costa (PT-PE) apresentou
dados de pesquisa da Fundação Getulio Vargas (FGV)
segundo os quais houve aumento da renda do
trabalhador e uma redução significativa das
desigualdades no Brasil em 2024. De acordo com o
estudo da FGV, com base na Pnad Contínua, a renda do
trabalho da metade mais pobre da população aumentou
10,7%, superando os percentuais de aumento
registrados entre a classe média (8,7%) e os mais
ricos (6,7%).
— E o que impulsionou esse avanço? Não foi uma
medida isolada, mas, sim, a combinação poderosa
entre crescimento do emprego formal, qualificação
profissional e uma política social inteligente e
sensível: a regra de proteção do Bolsa Família, que
foi desenhada e aplicada pelo nosso governo. É um
dispositivo [...] que permite que beneficiários
continuem recebendo parte do auxílio mesmo depois de
conseguir um emprego com carteira assinada. Isso é
política pública com alma — disse Humberto Costa.
O senador destacou que 75,5% das vagas no mercado
formal de trabalho foram ocupadas por beneficiários
do Bolsa Família e que 98,8% foram preenchidas por
inscritos no Cadastro Único. O parlamentar também
destacou que o Nordeste liderou o crescimento
regional, com alta de 13% na renda, quase o dobro da
média nacional.
— São avanços que não surgiram por acaso. Eles são
frutos de políticas públicas bem pensadas e bem
executadas, que renovam a esperança de que, com
trabalho sério e compromisso com o povo, é possível,
sim, transformar a realidade. Isso se traduz, na
prática, na melhoria de vida da população e em um
período de vivas oportunidades. Os maiores ganhos
ocorreram justamente entre os grupos historicamente
marginalizados — afirmou.
Os dados, disse Humberto Costa, mostram também que o
aumento da escolaridade foi mais forte entre os mais
pobres. Para o senador, trata-se "não apenas uma
vitória no presente, mas um investimento estratégico
no futuro". Ele sublinhou que inclusão social de
hoje é a base de "uma economia mais produtiva, de
uma sociedade mais coesa e de um país mais justo".
— Segundo a FGV, a combinação entre aumento da renda
e queda na desigualdade gerou um crescimento de
10,2% no bem-estar da população brasileira. Repito,
10,2%. Isso é mais do que um número. Isso é mais do
que um número. Isso é comida no prato. É luz paga. É
filho na escola. É vida com dignidade — disse o
senador.
Fonte: Agência Senado

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