Publicação: 10/06/2025
Redução da Jornada de Trabalho: CNTI
defende medida como avanço social e econômico
Presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria -
CNTI e Diretor de Formação Sindical e Qualificação Profissional da Nova
Central Sindical de Trabalhadores – NCST participa de audiência no
Senado e destaca relação entre jornada excessiva e adoecimento laboral

A redução da jornada de trabalho sem corte de salários foi tema central
de audiência pública na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do
Senado Federal nesta segunda-feira (9). Representando a Confederação
Nacional dos Trabalhadores na Indústria – CNTI e a Nova Central
Sindical de Trabalhadores - NCST, José Reginaldo Inácio
integrou a mesa de debates e reforçou a necessidade de rever os impactos
da Reforma Trabalhista de 2017, que fragilizou direitos históricos da
classe trabalhadora.
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e assista à íntegra da audiência pública
Jornada e saúde: Uma relação inseparável
José Reginaldo Inácio destacou que a discussão sobre carga horária vai
além da produtividade: é uma questão de saúde pública. "Quando você fala
em redução da jornada, está falando em diminuir o tempo de exposição a
riscos. A legislação atual desconsidera que longas horas de trabalho
geram adoecimento físico e mental", afirmou, citando dados de 2022 que
mostram que 78,6 mil cláusulas sindicais negociadas tratavam de jornada
– número superior as 39,2 mil sobre saúde e segurança.
José Reginaldo Inácio criticou ainda o banco de horas individual e as
modalidades atípicas de trabalho, como o intermitente, que "privatizam o
tempo do trabalhador e eliminam o direito ao descanso". Para ele, a
"hora antissocial" – turnos atípicos ou escalas exaustivas – é um
retrocesso que atinge principalmente os mais pobres: "O trabalhador é
obrigado a trocar feriados por renda extra porque os salários não cobrem
suas necessidades".
PL 3694/2019 e a redução gradual
A proposta em debate no Senado (PEC 148/2015), de autoria do senador
Paulo Paim (PT-RS), prevê a redução gradual da jornada para 36 horas
semanais. Reginaldo Inácio vinculou a medida ao Projeto de Lei
3694/2019, que trata do adicional de penosidade: "Reduzir a jornada
diminui a exposição a ambientes insalubres e o tempo de deslocamento não
remunerado, que chega a 12 horas para alguns trabalhadores".
Ele também defendeu a semana de 4 dias: "É possível ter jornadas mais
curtas com ganhos de produtividade, como mostram experiências colocadas
em prática. Precisamos romper com a lógica de que dignidade se conquista
com excesso de trabalho", afirmou José Reginaldo Inácio.
Vantagens Econômicas e Urgência Social
A audiência destacou benefícios da redução de jornada, tais como:
- Aumento da produtividade: Funcionários menos cansados cometem menos
erros;
- Geração de empregos: Contratações compensariam horas reduzidas;
- Estímulo ao consumo: Mais tempo livre amplia gastos em lazer e
cultura.
Para a CNTI e a NCST, a medida é urgente diante da crise remuneratória
no Brasil. "Os baixos salários forçam trabalhadores a acumular empregos.
Reduzir a jornada sem cortes é garantir vida digna", concluiu Reginaldo.
Próximos Passos
O debate contou com representantes do Ministério do Trabalho, MPT e
entidades patronais. A CNTI e a NCST seguirão acompanhando a tramitação
da PEC 148 e pressionarão por sua aprovação, reforçando o tema entre os
prioritários na agenda sindical.
"A jornada limitada é a espinha dorsal da proteção trabalhista. Sem ela,
não há saúde nem segurança possível", finalizou o presidente da CNTI e
Diretor da NCST.
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Assessoria de Comunicação da CNTI

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