Publicação: 13/06/2025

 

 

CNTI defende regulamentação mais segura na mineração durante evento do MPF e MPT


Presidente José Reginaldo Inácio alerta para riscos socioambientais e trabalhistas e reforça a necessidade de um marco regulatório que priorize a vida

 


Nesta quinta-feira (12/06), o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria - CNTI, José Reginaldo Inácio, participou do evento “Mineração e Regulamentação: em busca da Segurança Socioambiental”, promovido pelo Ministério Público Federal (MPF) e Ministério Público do Trabalho (MPT). O debate, realizado em Brasília, discutiu a revisão das normas de mineração (NRM-1, NRM-22 e Resolução ANM nº 95/2022) e seu alinhamento à Lei nº 14.514/2022, que trata da segurança de barragens.


"Não podemos repetir tragédias como Mariana e Brumadinho"


Em seu discurso no Painel Estratégico 2, Reginaldo destacou a urgência de normas mais rígidas para proteger trabalhadores, comunidades e o meio ambiente. Ele lembrou que a CNTI já alertava sobre os riscos da flexibilização regulatória antes do desastre de Mariana (2015) e reforçou:


"O aproveitamento mineral no Brasil só será sustentável se houver um marco legal que não priorize a produção a qualquer custo, mas sim a vida dos trabalhadores e a preservação ambiental."


O presidente da CNTI citou ainda a pesquisa “Estado de Acidente – A Legitimação Regulamentada da Morbidade e da Letalidade no Ambiente de Trabalho da Mineração”, aprovada pelo CNPQ, que evidencia os graves riscos ocupacionais em minas subterrâneas, incluindo a exposição a 15 agentes patogênicos acumulados em um mesmo espaço.


CNTI apresentará propostas para regulamentação mais segura


Reginaldo afirmou que a CNTI encaminhará contribuições técnicas para a atualização das normas minerárias, defendendo:


- Maior rigor na fiscalização de barragens e minas subterrâneas;


- Proteção ampliada contra agentes químicos e físicos que afetam a saúde dos trabalhadores;


- Fortalecimento da participação coletiva e social para garantir voz ativa aos sindicatos nas decisões regulatórias.


O evento, que também antecede a COP30 (Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas), contou com a participação de auditores fiscais, acadêmicos, sindicalistas e representantes do setor público, reforçando a necessidade de um diálogo intersetorial para evitar novos desastres.


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Assessoria de Imprensa da CNTI