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Publicação: 05/12/2025
Juiz
suspende venda de quatro usinas da Cemig

Foto: Cemig
A Justiça de Minas Gerais suspendeu
nesta quinta-feira a venda de quatro
usinas hidrelétricas da Companhia
Energética de Minas Gerais (Cemig), ao
considerar que o processo de
privatização não pode avançar sem a
realização de um referendo popular. A
decisão atende a uma ação da
Federação dos Trabalhadores nas
Indústrias Urbanas de Minas Gerais (FTIUEMG),
presidida por Eduardo Armond Cortes
de Araujo, que questiona a
legalidade da operação e defende que a
alienação de patrimônio público exige
autorização direta da população.
A liminar impede a venda das usinas de
Marmelos, Martins, Sinceridade e da PCH
Machado. Na decisão, o juiz ressaltou
que a Constituição mineira prevê
consulta popular para a negociação de
ativos estratégicos do Estado,
especialmente aqueles ligados a serviços
essenciais, como a geração de energia.
Segundo o magistrado, a ausência do
referendo compromete a legitimidade do
processo e impede sua continuidade até
que a exigência constitucional seja
atendida.
Com a suspensão, o governo estadual e a
Cemig ficam temporariamente impedidos de
concluir a operação, que só poderá
prosseguir mediante manifestação popular
ou nova deliberação judicial. A medida
reacende o debate sobre o futuro do
setor elétrico em Minas Gerais e reforça
a necessidade de ampliar a participação
social em processos de desestatização
considerados sensíveis ao interesse
público e à economia estadual.
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